domingo, 10 de agosto de 2014

MAIS PÃES


Hoje é dia de falar deles. Mas quem são eles hoje? Herdeiros de antigos tempos de uma paternidade de pedra. Lascada, se é que você me entende.
Cravaram a humanidade com o Pai da Criação, do Céu, o Pai da Filosofia, o Pai da Ciência, O Pai da Medicina e, por aí, uma lista infinita que pouco espaço deixou para o feminino. Mãe do Céu, Mãe da Igreja, alguma coisinha, para apaziguar os ânimos.
O que, aos poucos, ganhou ares de rebelião, com sutiã e pílula, nos deixou a instigante tarefa de reencontrar nossos lugares, como numa brincadeira de salão. Tentativas, exageros e erros naturais nos trouxeram para a aceitação, quase sem traumas, da dualidade do ser. E, ao mesmo tempo que afastou a mãe, aproximou pai e filhos.
Sem prejudicar a natureza de homem e mulher _ sendo que o mundo masculino não daria tudo ao homem, nem à mulher _ temos optado, em número significativo, por trocar tarefas. E quanta alegria, tem nos trazido, o desafio da mudança! Poder um homem chorar de emoção, uma mulher se expandir num xingamento. Meninos brincando de boneca e meninas dirigindo seu primeiro carrinho.
Uma época de pães e mais. Gente que entende que a delicadeza pode ficar bem num homem e a força numa mulher pode ser sábia.
Parabéns a todos.

2 comentários:

  1. Papéis e valores a serem guardados, resgatados ou a serem mudados constantemente, na tentativa, no erro e no acerto, sendo sempre aprendizes...que sejam então mais pães e mais!!!

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  2. Obrigada, Deni. Sempre aprendendo.Isto aí!

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